O VERDADEIRO JEJUM

O VERDADEIRO JEJUM
"O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo?
Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, e não recusar ajuda ao próximo?
Aí sim, a sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a sua cura; a sua retidão irá adiante de você, e a glória do Senhor estará na sua retaguarda.
Aí sim, você clamará ao Senhor, e ele responderá; você gritará por socorro, e ele dirá: Aqui estou. "Se você eliminar do seu meio o jugo opressor, o dedo acusador e a falsidade do falar;
se com renúncia própria você beneficiar os famintos e satisfizer o anseio dos aflitos, então a sua luz despontará nas trevas, e a sua noite será como o meio-dia.
O Senhor o guiará constantemente; satisfará os seus desejos numa terra ressequida pelo sol e fortalecerá os seus ossos. Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam.
Seu povo reconstruirá as velhas ruínas e restaurará os alicerces antigos; você será chamado reparador de muros, restaurador de ruas e moradias.
"Se você vigiar seus pés para não profanar o sábado e para não fazer o que bem quiser em meu santo dia; se você chamar delícia o sábado e honroso o santo dia do Senhor, e se honrá-lo, deixando de seguir seu próprio caminho, de fazer o que bem quiser e de falar futilidades,
então você terá no Senhor a sua alegria, e eu farei com que você cavalgue nos altos da terra e se banqueteie com a herança de Jacó, seu pai. " Pois é o Senhor quem fala

Isaías 58:6-14

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

REVOLTA INDÍGENA NO NOVO PROGRESSO-PA

Índios Caiapós tomam a BR-163 - 16/09/2011

Local: Belém - PA
Fonte: Diário do Pará
Link: http://www.diariodopara.com.br/


Revoltados com as promessas não cumpridas pelo ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, demitido pela presidente Dilma Rousseff por suspeitas de irregularidades no órgão, os índios caiapós decidiram radicalizar um protesto que começou na segunda-feira com a apreensão de caminhões e máquinas que trabalham na pavimentação de vários trechos da BR-163 (Santarém-Cuiabá).  Ontem, os índios resolveram atear fogo em trechos da ponte localizada sobre o rio Disparada, próximo da cidade de Novo Progresso.
Foto: DIGITAL NOTICIAS

Os índios afirmam que só deixarão a estrada quando autoridades federais forem à região para tratar das promessas feitas por Pagot, que antes de cair esteve com os índios garantindo que, além de melhorias nos acessos às estradas que levam às aldeias Baú e Mekranotire, os caiapós receberiam benefícios nas área de saúde.  Nada disso foi feito até agora.  “Se o homem branco não tem memória e esquece facilmente as promessas que ouve das autoridades, os índios têm a memória muito boa para cobrar as coisas que são ditas e prometidas”, disse o índio João Mekranotire.
A prefeita de Novo Progresso, Madalena Hoffmann, esteve reunida com a diretoria-geral do Dnit em busca de uma solução para o problema.  Pagot disse para os índios que os ramais de acesso à área Mekranotire receberiam cuidados do órgão, que também concluiria os ramais até a aldeia Baú.  A estrada vicinal que leva à aldeia está em péssimas condições.  Ela começa às margens do rio Curuá e desemboca na BR-163, próximo ao distrito de Alvorada da Amazônia.
Para os caiapós, a presença do diretor da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, e do secretário de saúde indígena, Antonio Alves, para tratar de questões ligadas à saúde dos índios, evitaria tantos transtornos.  Hoje, para buscar atendimento médico, os caiapós precisam se deslocar até Itaituba, num percurso de mais de 400 quilômetros.  O problema também atinge os índios das aldeias Pukanu, Baú Pungraity e Kawatum.
Na segunda-feira, centenas de caiapós, armados com flechas, espingardas e revólveres atacaram os operadores de máquina, tomando as chaves dos veículos das mãos dos homens que trabalhavam no asfaltamento da rodovia, paralisando totalmente a obra.  Eles enviaram uma carta à direção do Dnit reivindicando construção da casa da saúde, casa do artesanato, casa cultural e a compra de dois veículos.  E avisaram: se nada for feito, começarão a incendiar as máquinas.  (Diário do Pará)
MEDO
Ao longo do dia de ontem, a tensão só aumentou na região.  Empregados das empresas que trabalham na pavimentação da Santarém- Cuiabá afirmam que os índios prometeram incendiar, a partir de hoje, também os canteiros das empreiteiras.  Cerca de 3,6 mil trabalhadores estão na área atuando nas obras que são realizadas por nove empresas.
O Dnit prometeu enviar uma equipe ao local, para negociar com os índios, mas a viagem deve ocorrer apenas na próxima quarta-feira.  “Estamos desesperados.  Não sabemos mais a quem apelar.  Nosso medo é de que os índios não tenham paciência para aguardar a equipe do Dnit”, desabafa Michel Souza, supervisor de obras da JM Terraplanagem, que está entre as empresas que atuam no local.
Souza contou que os trabalhadores já procuraram a Polícia Federal e o Dnit em Belém, mas os dois órgãos estariam aguardando decisões de Brasília para agir.
Segundo informações dos operários que atuam na rodovia, os índios já incendiaram três pontes que ficam no trecho entre Novo Progresso e Itaituba.  “Nossa maior preocupação é com as pessoas que estão na área e não têm como sair”, disse Michel.

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